5★
É um testemunho na primeira pessoa de Isabela Figueiredo sobre a sua infância vivida em Moçambique.
Escreve duma forma crua que chega a poder parecer rude mas que dá uma força extraordinária ao livro.
É um livro duma brutalidade que nos faz estremecer.
"Os carniceiros foram todos tão bonzinhos que quando matavam o cabrito davam as vísceras aos pretos. A tripa. A pele. Pagavam-lhes o trabalho escravo com porrada mais a farinha, que comiam com as mãos, aqueles porcos negros; e se o faziam trabalhar sete dias por semana sem horário, era apenas o legítimo tratamento de que precisavam os preguiçosos. Um favor que o branco lhes fazia. Civilizar os macacos."
C.

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